A religião atende aos instintos humanos

O personagem deus fez uma sociedade com o povo hebreu criando a religião judaica. Nessa sociedade, o deus entrou com ações sobrenaturais e criou também uma doutrina para a religião, o povo entraria com a história de obediência à religião. Essa história seria usada pelo deus para escrever a Bíblia.
Em uma sociedade, faz-se necessário que ambas as partes tenham alguns interesses atendidos e outros sacrificados.
O relato da história do povo sócio do deus seria escrito de um modo que pudesse gerar em todos os leitores da Bíblia a interpretação em conformidade com o sentimento predominante de cada leitor.
A mensagem bíblica é semelhante a uma prova do vestibular em que uma questão apresenta dez respostas e induz o vestibulando a responder errado, em que apenas uma resposta é a certa.
Entre a margem interpretativa, havia pistas que revelariam o que o deus quer verdadeiramente do homem, e isso mostraria qual é o verdadeiro caráter do deus.
O personagem bíblico Abraão foi quem fez a sociedade com o deus, a circuncisão era o contrato da sociedade. Nesse acordo, Abraão se comprometeu a entregar seus descendentes para ser o povo que o deus usaria a história para escrever a Bíblia. (Gn 17:1-24)
Os descendentes de Abraão receberiam os benefícios da ação sobrenatural do deus e o status de representantes dele.
A religião que o deus criou foi a judaica. Essa religião foi criada quando o personagem bíblico Moisés recebeu do deus os mandamentos da lei.
A lei era composta de mandamentos que atendiam todos os sentimentos religiosos que o ser humano possa ter. Por isso essa religião foi comparada a uma árvore gigante que dava alimento para o mundo todo. (Dn 4:10-13)
Os mandamentos ritualísticos da lei tinham funções figurativas. (Mt 19:8, Cl 2:16-17)

O apóstolo Paulo disse que a lei foi feita para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos. (I Tm 1:9)
Se a lei foi criada para os irreligiosos, isso significa que, segundo a Bíblia, ser irreligioso é errado? Não! Alguns mandamentos foram feitos para punir o judeu que se recusasse a obedecer a religião pelo fato de que, independentemente de ter ou não o sentimento religioso, os descendentes de Abraão eram obrigados a isso, para que essa obediência gerasse história bíblica.

O fim da lei de Moisés seria o fim da religião, pois não existe religião sem doutrina, e a lei dada a Moisés era a doutrina da religião judaica.
Em um texto bíblico está escrito que nem um jota ou um til seria abolido da lei sem que tudo fosse cumprido. (Mt 5:17-19)
Na interpretação religiosa, o texto está dizendo que a lei não pode ser abolida antes do fim do mundo, porém, a lei foi criada para gerar a história bíblica. Portanto, a lei não podia ser abolida antes de cumprir a missão de gerar a história bíblica, inclusive a parte em que Jesus usou a própria lei para acabar com a lei.
Se a lei correspondesse realmente ao sentimento gerado pela inteligência do deus e não ao pensamento gerado pelo instinto humano, não poderia mesmo deixar de existir nela nenhum item.
Se uma pessoa cria uma lei que corresponde a seu modo de pensar e depois a modifica, significa que essa pessoa mudou o modo de pensar.
Está escrito que o personagem bíblico Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre, e que ele e seu pai pensam da mesma forma. Assim, o deus também pensa sempre do mesmo modo. (Hb 13:8, Jo 10:30)
Se o deus expressou seu modo de pensar nos mandamentos da lei e depois aboliu alguns itens ou a lei inteira, isso significa que o deus viu que seu pensamento anterior era falho. Mas se o deus criou a lei para atender ao sentimento do homem e depois a aboliu, então não houve mudança de pensamento no deus.

O acontecimento do profeta Elias, colocando dois cordeiros sobre a fogueira e afirmando que o deus que queimasse o cordeiro seria o deus verdadeiro, era simbólico profético. O cordeiro simbolizava o homem que age por meio do pensamento gerado pelo instinto e o fogo simbolizava a inteligência do deus, ou seja, a inteligência perfeita. (1 Rs 18:22-24)
Quando aparecesse um homem possuindo a inteligência que destruísse qualquer pensamento contrário ao dele, esse homem seria deus, seria o cristo.

Jesus disse: Qual de vocês podem me acusar de algum pecado? Com isso, ele estava dizendo: Qual de vocês podem me acusar de algum pensamento falho? E, assim, Jesus disse que a inteligência do pensamento dele era perfeita e que ninguém conseguiria refutar seu pensamento. (Jo 8)
A lei ordenava que se alguém declarasse ser o cristo e não provasse que era deveria ser morto. (Jo 8:58-59, Dt 23:21)

Quando uma adúltera foi levada para Jesus apedrejá-la, ele desobedeceu a essa ordenança da lei e constrangeu o povo a desobedecer também. Para isso, ele disse: Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra. Quem atirasse estaria dizendo que era perfeito e, se não provasse que era perfeito, seria apedrejado por dizer que era o cristo.

Está escrito na Bíblia que se alguém desobedecesse a um só artigo da lei, seria considerado transgressor dela por inteiro. Por isso, quem não aceita que a lei foi abolida deve obedecê-la e apedrejar até a morte as pessoas que praticarem adultério.

Porquanto o que era impossível à lei, visto que estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne. (Rm 8:3)

A lei de Moisés era a doutrina da religião judaica, ou seja, a lei era a religião.

Porquanto o que era impossível a religião aperfeiçoar o pensamento do homem, visto que foi criada para atender o pensamento gerado pelo instinto. Jesus usou as ações do pensamento gerado pelo instinto para mostrar que esse tipo de pensamento é um mal.
A lei foi criada para corresponder ao pensamento do sentimento humano, e não à inteligência do pensamento do deus.

O povo judeu exercia o sacerdócio do pensamento da lei religiosa, a lei de Moisés, o pensamento levítico.
Se fosse possível alcançar a perfeição (do pensamento) por meio do sacerdócio levítico (através do exemplo de obediência à religião), por que haveria ainda necessidade de se levantar outro sacerdote, tendo a ordem do pensamento igual ao de deus e não de Arão? (Hb 7:11)
A ordenança anterior é revogada, porque era fraca e inútil. (O pensamento religioso é fraco e inútil). (Hb 7:18)
Ora, daqueles sacerdotes têm havido muitos (variadas religiões), porque a morte (de seus pensamentos) os impede de continuar em seu ofício.

A morte citada no texto não é a física, e sim a do pensamento religioso, que sempre morre assassinado pelo pensamento inteligente. Então, uma nova religião ganha força, até alguém provar que o pensamento dela também é tolo.
O sacerdócio do personagem Jesus e de seus discípulos é um sacerdócio de santidade, que significa verdade e não instinto, como é o sacerdócio religioso.
Porque não temos um sumo sacerdote (um homem exemplar) que não possa ser exemplo para a rejeição ao pensamento fraco; porém, um que, assim como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecar (sem agir por meio do pensamento gerado pelo instinto). (Hb 4:15)

Quando está escrito que o sacerdócio de Jesus é eterno, significa que, devido ao pensamento de ele ser gerado pela perfeição da inteligência, esse tipo de pensamento não morre. (Hb 7:23, Gn 4:14)

No caso de um testamento, é necessário que comprove a morte daquele que o fez. (Hb 9:16)

O fato de o testamento citado na Bíblia ter sido consagrado mediante o derramamento de sangue é porque o sangue simboliza a herança genética.
No primeiro testamento bíblico, quem morreu como figura do testador foi um animal, e assim o herdeiro recebeu a genética do pensamento animal, que é o instinto.
No segundo testamento, quem morreu como figura de um segundo testador foi um homem, e assim o herdeiro recebeu a genética do homem, que é o pensamento gerado pela inteligência. (Hb capítulo 9)

Porque todos os que são guiados pela inteligência de deus, esses são filhos de deus, porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos. (Rm 8:14-15, Rm 8:17)

A herança que o primeiro testador deu foi entregue ao povo quando a religião foi criada.
O sentimento religioso foi a herança deixada pelo testador animal, pois o sentimento religioso é gerado pelo instinto, por isso está escrito que é impossível que o sentimento religioso aperfeiçoe o pensamento, pois é enfermo pela carne.

Por isso também o primeiro não foi consagrado sem sangue (que é o elemento usado como figura de transmissão genética). (Hb 9:18)

Quando Moisés terminou de proclamar todos os mandamentos da lei a todo o povo, levou sangue de novilhos e de bodes, e também água, lã vermelha e ramos de hissopo, e aspergiu o próprio livro a todo o povo. (Hb 9:19)

O sangue do animal foi derramado também no livro, como um meio figurativo de mostrar que a mensagem do livro contém o pensamento do animal, ou seja, a mensagem bíblica foi criada para proporcionar o pensamento animal.

Este é o sangue do testamento que deus vos tem mandado (ou seja, a herança que vocês herdaram é essa, o pensamento gerado pelo instinto). (Hb 9:20)
E semelhantemente aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os vasos do ministério (os vasos simbolizavam as pessoas). (Hb 9:21, Jr 18:1- 4, Rm 9:20-21)
De fato, segundo a lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não há perdão (sem mudança de sangue não existe mudança genética). (Hb 9:22)

Disse eu no meu coração, quanto à condição dos filhos dos homens, que deus os testaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais (ou seja, para verem que seus instintos são iguais aos dos animais).
Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo agir quando seu pensamento é gerado pelo instinto, e a vantagem dos instintos dos homens sobre os animais não existe, porque todo pensamento gerado pelo instinto é ilusão.
Todos vão para um lugar (todos os pensamentos gerados pelo instinto); todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó (por serem pensamentos que se destroem).
Quem prova que a alma (a ação sentimental) do homem é superior a dos animais? (Ec 3:17-21)

O personagem bíblico Jesus era pedra de tropeço para o pensamento gerado pelo instinto, pois todo pensamento gerado pelo sentimento tropeça na inteligência, e a inteligência dele derrotava todo pensamento gerado pelo instinto. (1 Pe 2:7-8)

Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o espírito tem a mente voltada para o que o espírito deseja (Rm 8:5)
Quem vive segundo o pensamento gerado pelo instinto tem o pensamento propício a fazer conclusões que agradem ao instinto, mas quem vive de pensamentos gerados pela inteligência está propício a chegar a conclusões inteligentes.

O pensamento gerado pelo sentimento é morte, mas o pensamento gerado pela inteligência é vida e paz. (Rm 8:6)
A mentalidade da carne é inimiga de deus, porque não se submete à essência dele (que é a inteligência, nem pode se submeter). (Rm 8:7)
Quem se submete ao pensamento gerado pelo sentimento não pode agradar a deus. (Rm 8:8)
Entretanto, vocês não estão sob o domínio do pensamento sentimentalista, mas do que é gerado pela inteligência se, de fato, a essência de deus habita em vocês (ou seja, é exercida por vocês).
E se alguém não tem o mesmo modo de gerar pensamentos que o cristo tem, esse não é discípulo do cristo. (Rm 8:9)
Mas se Cristo está em vocês, o corpo está morto para a obediência ao pensamento mentiroso, mas o pensamento que é gerado pela inteligência está vivo para gerar justiça. (Rm 8:9)

Jesus disse para os judeus que se o pensamento deles fosse gerado pela inteligência, tal pensamento nunca mais morreria, porém, ele disso isso de modo que pudesse ser interpretado como se dissesse que quem pensasse igual a ele nunca mais morreria fisicamente. Mas, no contexto, a interpretação correta mostra que o que Jesus disse foi que o pensamento gerado pela inteligência nunca morre. (Jo 8:51-52, Lc 23:39)
O objetivo do personagem bíblico Jesus não foi fazer discípulos de conceitos, e sim do modo de gerar o pensamento.
Quando Jesus disse: Creiam em deus, não significa crer literalmente na pessoa do deus, mas sim crer na própria inteligência, que é a essência do deus no homem.

Quando Jesus estava na cruz, um dos ladrões crucificados disse: “Tu que disse que quem crer em você nunca mais morrerá, não pode impedir nem sua própria morte?”

A história de vida do personagem Jesus cumpriu o objetivo dos dois concertos.
Devido a Jesus falar por parábolas, suas palavras dão margem para que cada pessoa interprete o que ele disse conforme o sentimento de cada um, e assim suas palavras cumpriram o objetivo da primeira sociedade do deus com o homem, que é alimentar o sentimento religioso. (2 Ts 2:10-12)

Os apóstolos perguntaram a Jesus por que Ele falava por parábolas, ao que ele respondeu: A vós vos é dado conhecer os mistérios criados pela inteligência do deus, mas aos outros (falo) por parábolas, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam. (Lc 8:10)

O fato de o personagem bíblico Jesus ter sido o primeiro a agir sempre por meio de pensamentos gerados pela inteligência o constituiu como o mediador desse agir.

Quando está escrito que Jesus foi crucificado pagando o preço pelos pecados do povo, esse pagamento não é místico, como entende o religioso. A crucificação de Jesus não eliminou o pecado que está no homem, pelo contrário, ele foi crucificado por ter que alimentar o pecado que está em cada um.
O preço de ter que falar por parábolas para alimentar a interpretação do sentimento religioso deu aos fariseus a oportunidade de fazer da crucificação de Jesus o único modo de ridicularizá-lo, e assim convencer o povo de que ele era uma fraude.
Quando Jesus disse na cruz: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice” (esta missão), ele estava pedindo que tirasse dele a missão de ter que gerar a interpretação religiosa, pois assim Jesus poderia dizer quando que prometeu que quem se fizesse discípulo do seu modo de gerar pensamento nunca morreria; essa morte não era física, mas sim da inteligência, e assim a morte dele não mais poderia ser usada para mostrar que ele não tinha poder de livrar nem ele mesmo da morte. (Lc 22:42)
Todo portador de sentimentos religiosos é culpado pela morte de Jesus. (Mt 27:25, At 5:28)

Segundo os profissionais religiosos, a palavra religião tem o significado de religação com o deus, por isso, o papel da religião é relacionar o homem com o deus e, sendo assim, ela não pode deixar de existir.
Se a palavra religião tivesse o significado de religação com deus, não poderia ter existido religião antes de Jesus, pois a Bíblia classifica esse personagem como o autor da religação do homem com o deus. Porém, antes de Jesus, já existia a religião judaica. (At 26:5, 2 Co 5:18-19)

Na historia do personagem bíblico Jesus, a igreja é o corpo dele e corpo executa o comando da mente, isso significa que, o discípulo dele age com a mesma essência que ele agiu, a qual é a inteligência, porém, cada um revela o exercício da inteligência em determinado talento.

Irmãos, quanto aos dons espirituais (inteligentes), não quero que vocês sejam ignorantes.
Vocês sabem que, quando eram pagãos (religiosos), de uma forma ou de outra eram fortemente atraídos e levados para os ídolos mudos (e quem é guiado por ídolos não é guiado pela inteligência própria).
Por isso, eu lhes afirmo que ninguém que fala pelo espírito de Deus (pela inteligência) diz: "Jesus seja amaldiçoado"; (diz que Jesus era mal dotado de inteligência) e ninguém pode dizer: "Jesus é Senhor", (dizer que Jesus é o maior inteligente dos homens) a não ser pelo espírito santo (pelo pensamento verdadeiro).
Há diferentes tipos de dons, mas o espírito é o mesmo (o exercício da inteligência é quem executa).
Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único espírito (pela mesma inteligência).
A cada um, porém, é dada a manifestação do espírito (pensamento), visando ao bem comum.

Pelo espírito (pela inteligência), a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de conhecimento,
Pela mesma inteligência; a outro, fidelidade a inteligência,
Pela mesma inteligência; a outro, é dado os dons de cura, (dons da medicina); a outro, o poder para operar milagres (ações cientificas); a outro, profecia (ensinar); a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas.
(1 Coríntios 12:1-10)
A interpretação de que a palavra milagre é uma ação sobrenatural é religiosa
Todo israelita pertencia a religião judaica, portanto, se quando a pessoa passava a ser discípula de Jesus tinha que deixar de ser judia, significa que para a pessoa ser discípula de Jesus ela tinha que deixar de ser religiosa e que a palavra pagão e religioso tinham o mesmo significado.

No contexto bíblico, a essência do personagem deus no homem é a inteligência e, assim o homem que rejeita o exercício da inteligência rejeita o deus e todo pensamento sustentado por meio de crenças rejeita a lógica e a rejeição da busca do lógica é a rejeição a inteligência.
Todo religioso rejeita a lógica, rejeita a inteligência, e assim rejeito o deus apresentado pela Bíblia.

LIVRO "O fim da cegueira intelectual"

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