No pensamento
sentimentalista religioso, que é próprio do instinto humano, a pessoa não deve
confessar possuir virtudes, porque isso seria vaidade, e esse sentimento teria
sido o mal praticado pelo personagem bíblico de nome Diabo.
O personagem
Jesus disse que ele era o caminho, a verdade, a vida e disse que ninguém
acharia nele algum pecado. (Jo 8:45-53, Jo 14:6)
Depois de Jesus
ter declarado ser possuidor das virtudes perfeitas, ele disse: Se eu me glorificar a mim
mesmo, a minha glória não é nada. (Jo 8:54) Ora,
se confessar possuir virtudes for o pecado da vaidade, Jesus teria pecado.
Quando
Jesus disse que se ele glorificasse a si mesmo, a glória não seria nada, foi o
mesmo que ter dito que ser glorificado por uma virtude que não possui é uma glória
sem valor; quando Jesus disse que quem o glorificaria seria o deus, não era
literalmente a pessoa do deus, e sim a essência dele. (Jo 14:11)
Os
fariseus lhe disseram: “Você está se vangloriando, a sua glória não é válida!” (Jo 8:13)
Respondeu Jesus: “Ainda que eu exalte a mim mesmo, não serei errado,
pois falo a verdade. Mas vocês se vangloriam com mentiras.” (Jo 8:14)
O ato de ter criado os anjos
dava ao personagem deus o status de
criador.
No
pensamento do anjo Diabo, o que constituía o deus como uma pessoa capaz era o status e não a capacidade que lhe dava o
status.
O Diabo não tinha nenhuma ação
produzida pela capacidade para gerar nele algum status.
O
Diabo disse a deus que ele também teria status,
e assim não haveria nenhuma diferença entre eles.
Subirei
acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao altíssimo. Isso significa que
o Diabo disse que ele iria fazer algo para adquirir status e isso o tornaria igual ao deus. (Is 14:14)
Para alimentar no Diabo o
pensamento gerado pelo sentimento, o deus deu ao anjo a administração do Jardim
do Éden e todos os status que não são
gerados pela comprovação da capacidade.
Uma posição de status sem admiradores não tem nenhuma
importância, por isso, o deus levou Adão e Eva para junto do Diabo, para que os
dois fossem os admiradores do status
do anjo, e assim adquirirem a mesma essência que esse anjo possui na formação
de seus pensamentos. (Ez 28:13-14)
Quando o deus estava criando
Adão e Eva, ele soprou em suas narinas a essência dele, que é a inteligência, a
capacidade de analisar tudo o que ouve e o que vê.
Antes de conhecer o bem e o
mal, Adão e Eva eram iguais a uma criança, possuindo a capacidade de analisar
tudo o que ouviam e o que viam, porém, seus sentimentos seriam gerados pelo
próprio casal, a partir de suas conclusões.
Adão e Eva foram feitos na
Terra e levados para o Éden.
O deus disse para Adão e Eva que eles podiam
acreditar em tudo que os anjos do Éden dissessem, menos no Diabo, caso
contrário seria a morte da inteligência do casal. (Mt 3:3)
O anjo disse para Adão e Eva
que o motivo de o deus ter afirmado que se o casal acreditasse nele os dois
morreriam intelectualmente era porque o deus não queria que o casal soubesse
reconhecer o que é verdade e o que é mentira, o que significa o bem e o mal
para o intelecto. (Mt 3:4-5)
A primeira coisa que a
inteligência de Adão e Eva deveria ter detectado era que o deus não disse que o
casal não poderia conhecer o bem e o mal, a verdade e a mentira. O que o deus
disse foi que o casal não deveria comer o fruto do bem e do mal, e comer
significava acreditar.
Se os personagens Adão e Eva
tivessem exercitado a inteligência, concluiriam que se o deus não quisesse que
o casal conhecesse o que é o bem e o mal, ele não teria levado os dois para o
Éden.
(Gn 3:22; Dt 11:26-28)
Por admirar o status que o anjo Diabo possuía, o
primeiro homem e sua mulher acreditaram em tudo que o Diabo dizia e, por isso,
não exerceram a inteligência para analisar o que o possuidor do status afirmava.
Se Adão e Eva acreditassem no
Diabo, eles herdariam desse anjo o ato de formar pensamentos gerados a partir
do sentimento, que é o pensamento gerado pelo instinto, e assim o ser humano se
formaria tendo em si dois modos de gerar pensamentos: um pelo sentimento e o
outro pela inteligência.
Devido ao pensamento gerado
pela inteligência ser superior ao que é gerado pelo sentimento, quando o homem
quer que o pensamento gerado pelo sentimento prevaleça, ele cria mentiras para
anular a inteligência e justificar o pensamento sentimentalista.
O ato de criar mentiras para
justificar o pensamento gerado pelo sentimento foi o mal que o personagem
bíblico de nome Diabo praticou, fazendo com que o homem se formasse herdando
essa prática.
Vocês
pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi
homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele.
Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira.
(Jo
8:44)
Quando o pensamento é gerado
pela inteligência, ela mata o pensamento gerado pelo sentimentalismo e, assim,
o homem se formou como pessoa, tendo em si o conflito no ato de gerar o
pensamento, pois não é possível que a pessoa tenha diante da mesma ação um
pensamento gerado pelo sentimento e outro gerado pela razão.
O
deus disse para o Diabo: Dirás ainda
diante daquele que matar: Eu sou deus? Mas tu é homem e não deus. (Ez 28:9)
Um morto não consegue dizer
qualquer coisa, portanto, quando o deus disse para o Diabo: “Dirás ainda
diante daquele que matar: Eu sou deus?”, ele
estava dizendo que a essência dele de gerar pensamentos pela inteligência iria
matar a essência do Diabo, que gera pensamentos pelo sentimentalismo.
O outro texto da Bíblia diz que o Diabo seria
morto por um estrangeiro, ou seja, a pessoa que derrotaria o agir por instinto
seria uma pessoa da Terra, seria o homem Jesus, pois teria que ser alguém que
possuísse o instinto, para poder derrotar em si o instinto. (Ez 28:10)
Porquanto o que era impossível à lei, visto como
estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do
pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne. (Rm 8:3)
Porquanto o que era impossível a
religião aperfeiçoar o pensamento do homem, visto que foi criada para atender o
instinto humano, que é o pensamento gerado pelo sentimento, deus, enviando o
seu filho como possuidor do instinto pecador, usou o instinto pecador para
condenar o pensamento gerado pelo instinto.
A mensagem filosófica dessa
história bíblica compara o criador deus ao homem cientista que cria algo. Ambos
têm o status gerado pela capacidade
intelectual.
O personagem bíblico de nome Diabo
pode ser comparado ao criador de teorias, que tem seus pensamentos aceitos como
verdade devido a eles possuírem status, ou seja, um tem a capacidade
apresentada por meio da criação que lhe dá o crédito para possuir o status, o outro é o status que lhe dá o crédito de capaz.
Quando a mensagem filosófica da Bíblia diz que o deus
deste século cegou o entendimento dos incrédulos, a palavra século no texto
aparece como uma referência à atualidade do mundo.
O deus é o status, e a cegueira citada é a cegueira da
inteligência.
A incredulidade citada é a falta de confiança na
inteligência própria. Quem não acredita na capacidade própria do saber pensar
admite cegamente o pensamento de quem possui status. (1 Co 4:4, Ec 7:29)
O significado bíblico da palavra idolatria é constituir
homens como superiores a si na capacidade de pensar, isso é constituir deuses. (Lc 11:14-19)
LIVRO "O fim da cegueira intelectual"
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